terça-feira, 9 de março de 2010

Pergunta que não quer calar - nº 01

Por que uma disputa por um diretório estudantil pode ser tão acirrada?*
*Este questionamento foi feito por um repórter local a um representante da ilegítima comissão eleitoral formada na penúltima semana letiva do semestre passado para realização da eleição de diretoria para DCE, o qual tomou por bem desviar do assunto.

As eleições para diretórios estudantis fazem parte de um processo democrático onde os estudantes de determinadas instituições vão às urnas escolher aqueles que serão seus representantes dentro e fora do ambiente acadêmico e, através desta representação, garantir os direitos dos estudantes e buscar soluções para suas reivindicações. Porém, nesse processo todo, há alguns interesses que diversas vezes são colocados acima daqueles que buscam o bem comum, são interesses individuais ou de um grupo baseados principalmente na ganância.


Este fenômeno não é exclusivamente local, há vários casos relatados no país inteiro a respeito de incidentes causados durante disputas eleitorais estudantis. Incidentes esses que envolvem desde discussões entre integrantes de chapas contrárias, ameaças físicas e morais, até atos de violência e assassinatos.
 
Mas que interesses seriam esses, capazes de transformar um jovem acadêmico em um ser de atitudes animalescas? Entre as respostas duas se destacam: o interesse financeiro e o político.

O interesse financeiro é motivado pelo alto volume de dinheiro que circula na conta dos diretórios. Esse dinheiro é obtido junto aos estudantes através de mensalidades muitas vezes compulsórias e fica a disposição das diretorias para investirem no que lhes convir. Entre as possibilidades de má utilização desses recursos estão: o pagamento de contas pessoais, a aquisição de bens em nome dos membros, o custeio de campanhas eleitorais, a compra de votos em troca de um cargo remunerado, etc. Suponhamos que uma determinada universidade possua cerca de 2000 alunos matriculados, cada aluno paga a ela mensalmente durante um semestre cerca de R$ 2,00, vejamos, só aí seriam R$ 4.000,00 mensais para manter um escritório com água, luz, telefone e um funcionário para secretariar. Somemos a esse cálculo hipotético a concessão de serviços pagos, essenciais aos acadêmicos, em pontos estratégicos do campus. Somemos o rendimento obtido com os estabelecimentos comprados com o dinheiro dos acadêmicos. Somemos o fato de a universidade assumir eventuais dívidas contraídas por um diretório em nome de manter o nome da instituição íntegro. Somemos isso e aquilo que falam por aí... Não sei nas de vocês, mas em minha calculadora não cabem mais números.

O interesse político é motivado pela visibilidade que o fato de estar na posição de representante de um número significativo de estudantes proporciona. Visto que muitos políticos atuais tiveram sua iniciação neste contexto. Se não tem filiação partidária, passa a ser assediado por diversos partidos de qualquer ideologia para que os integre. Se já está incluído em um partido, ganha prestígio dentro dele, entra em ascensão, começa a acumular funções e é tido como comandante de uma massa de manobras, o que garantiria boa parte dos votos daqueles hipotéticos cerca de 2000 estudantes.

Estudantes, bixos e veteranos, não deixemos ser tratados como massa de manobra, como moeda política. Sejamos formadores de opinião, lutemos por nossos direitos, sejamos transformadores sociais buscando o bem de todos até mesmo daqueles que nos fazem mal, daqueles que são cânceres dentro da universidade e da sociedade, para jogar na cara deles que o eles sabem muito bem mas não fazem questão de por em prática: um diretório pode fazer muito mais por seus representados.

Convido vocês que ainda estão em dúvida a respeito do tema, a buscarem informações com diversos colegas de campus, com funcionários, com comerciantes locais, e quanto mais informação melhor. O veredito é com vocês nas urnas.
Façam suas carteiras estudantis o quanto antes e garantam o direito a voto previsto no estatuto, se há algo lá que ainda respeitem. Façam isso por vocês, e por nós seus colegas.

Qualquer vinculação com entidades ou pessoas reais é mera coincidência.

sábado, 6 de março de 2010

O papel do Movimento Estudantil na transformação

Um dos problemas que permeiam a sociedade é o desencantamento do sonho pela mudança, gerado pela cotidianidade e a desesperança na transformação, que não permite o engajamento nas lutas de caráter social. A juventude, por sua vez, carrega consigo a vontade de mudança, é dotada de uma força revolucionária que parte de sua indignação diante das injustiças que provém da falta de ética. É necessário, porém, que tal indignação seja ativa para que não se perca na acomodação diante atual realidade.
 A busca de meios democráticos de participação ativa e a ética necessária a um contexto onde não haja somente discursos mas mudanças de fato, deve partir da organização da juventude para atingir seus ideais de mudança. É no Movimento Estudantil que os sonhos se encontram e ganham força para se tornarem concretude histórica.
Muitas são as injustiças visíveis no contexto estudantil e, somente com a organização, participação e comprometimento ético e responsável é que pode haver a transformação necessária. Desejamos uma nova “cara” para os estudantes, mas principalmente um novo jeito de representar e um novo jeito de estar com os estudantes construindo juntos as mudanças almejadas.
Nós, estudantes, somos peça fundamental na sociedade. Organizados, temos voz, temos força, temos potencial de transformação. É essa luta constante por melhorias, por direitos, por oportunidades, por garantia de nossa dignidade, que move a sociedade, que desestabiliza o que até então nos parecia indiferente, imutável.
É no Movimento que mostramos que estamos aqui, estamos interessados nos problemas que perpassam a sociedade, que somos sujeitos de nossa vida, de nossa história, da história da humanidade. É com a participação que fazemos a mudança acontecer e nos comprometemos com as injustiças que enxergamos.
Um dos problemas que perpassa a sociedade como um todo é o desencantamento no sonho que gera a desesperança na luta pela transformação. A rotina diária vai sobrepondo-se à vontade de se engajar em um movimento de caráter social.
Texto escrito por acadêmicas de pedagogia da URI.

segunda-feira, 1 de março de 2010

RENOVAÇÃO: UM GRITO DE TODOS

O Movimento Estudantil está fragilizado na nossa Universidade. Aqueles que deveriam nos representar apenas usam o DCE com forma de propaganda política partidária, usando assim os estudantes como massa de manobra para interesses eleitoreiros. É em resposta a essa prática demagógica de fazer movimento estudantil que estudantes de diversos cursos da URI estão lançando o movimento “Renovação: Um Grito de Todos” para construir de fato um novo Movimento Estudantil na nossa Universidade. Queremos um DCE que nos represente e lute por nossos direitos! Por isso DENUNCIAMOS:


Eleições Anti-democraticas: De acordo com o estatuto do atual DCE da URI, só tem direito a voto os estudantes que possuem a carteirinha renovada do DCE. Esta é uma prática que dificulta o processo democrático nas eleições tendo em vista que o DCE excluí do processo eleitoral todos os estudantes que não possuem a carteirinha. Desta forma fica claro que não são todos os estudantes que tem direito a voto, apenas aqueles que contribuem com a atual gestão do DCE.

Infelizmente temos que nos submeter a essa regra, por isso estamos fazendo um apelo a todos os estudantes “FAÇA SUA CARTEIRINHA” para dar um voto de RENOVAÇÃO!! Só através do voto podemos mudar a cara do nosso DCE!

Onde está o nosso atual DCE? Aumento das passagens de ônibus, aumento das mensalidades, fechamento da casa do estudante, preço do xerox abusivo dentro da Universidade (imposição da carteirinha do DCE para ter desconto) ! O Nosso DCE finge que nada acontece e nada faz para conquistarmos os nossos direitos!

POR ISSO CONVOCAMOS TODOS OS ESTUDANTES A PARTICIPAREM DO MOVIMENTO “RENOVAÇÃO: UM GRITO DE TODOS” PARA CONSTRUIRMOS DE FATO UM MOVIMENTO ESTUDANTIL ATUANTE!!